A Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), realizou em parceria com o CTV, no dia 01 de Agosto do corrente ano um workshop técnico para avaliar as iniciativas de investigação e monitoria em curso nas seis áreas de conservação marinhas de Moçambique, nomeadamente o Parque Nacional das Quirimbas (PNQ), a Área de Protecção Ambiental das Ilhas Primeiras e Segundas, o Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto (PNAB), a Zona de Protecção Total do Cabo de São Sebastião, a Reserva Nacional do Pomene (RNP) e a Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro (RMPPO).
O evento foi organizado pela ANAC, e financiado pelo Projecto de Áreas de Conservação para a Biodiversidade e Desenvolvimento (Mozbio) a ser implementado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS). O CTV providenciou apoio técnico na concepção, organização e facilitação deste workshop. O encontro contou com a participação de aproximadamente 50 convidados dentre eles técnicos da ANAC, representantes do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), representantes das áreas de conservação marinhas, representantes do Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP), parceiros de financiamento, parceiros da sociedade civil, sector privado e instituições de ensino.
Esta é a segunda vez que a ANAC reúne gestores das áreas de conservação marinhas e especialistas marinhos para discutir matérias pertinentes para a gestão destas áreas de conservação. O primeiro encontro foi realizado em 2015, sob o lema “Melhoramento da Gestão das Áreas de Conservação Marinhas”, onde foram identificadas prioridades de investigação e monitoria. Volvidos dois anos, tornou-se necessário avaliar as iniciativas em curso e os progressos alcançados bem como identificar os constrangimentos e desafios e partilhar experiências e lições aprendidas.
Durante o workshop foram apresentados e debatidos os actuais estágios de implementação dos programas de investigação e monitoria em curso, e avaliadas e definidas, com base nas lacunas existentes, prioridades adicionais que devem ser tomadas em consideração. Os constrangimentos e desafios apontados foram, entre outros, a falta de fundos próprios e a dependência de fundos de doadores, a falta de pessoal qualificado e em termos de número e, em alguns casos, até a falta de infra-estruturas próprias. Como recomendações foram definidas a necessidade de fortalecimento da comunicação, fortalecimento da intervenção dos demais parceiros da ANAC e refinar acções de trabalho coordenado, assim como a necessidade de mobilizar recursos técnico-financeiros.
O evento culminou com uma discussão restrita aos administradores das áreas de conservação marinhas sobre estratégias de implementação e coordenação no âmbito do Memorando de Entendimento entre a ANAC e o CTV, onde se abordou as necessidades e peculiaridades da colaboração e comunicação entre as duas instituições, a implementação das actividades e ainda uma discussão inicial sobre as necessidades de material informativo e educativo.