Esta é uma das principais mensagens produzidas numa conferência denominada “Inovadores Biz” realizada na semana finda, sob o lema: Inovar para a Saúde e Direitos Sexuais e Reprodutivos dos adolescentes e Jovens.
O evento que tinha como objectivo partilhar conhecimentos e inovações mais recentes no domínio da saúde reprodutiva, foi organizado pelo Governo e o Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), em parceria com o Reino dos País Baixos e contou com a participação de mais de duzentos delegados, incluindo convidados do Kenya, Uganda, Ruanda, Tanzânia e Angola.
Na ocasião, o Ministro da Juventude e Desportos Alberto Nkutumula, sublinhou tratar-se de um debate oportuno e pertinente, e que está em sintonia com a actualidade nacional e internacional, uma vez que a promoção e protecção dos direitos sexuais e reprodutivos da rapariga além de ser um imperativo de desenvolvimento é uma necessidade pois poderá reduzir as injustiças e a desigualdade.
Por seu turno Maria Bakaroudis, do UNFPA, defende que os rituais tradicionais deixam as raparigas confusas, uma vez que recebem diferentes tipos de conhecimento na igreja e na escola por exemplo. Bakaroudis acrescenta ainda que os casamentos prematuros estão na origem da vulnerabilidade em que as raparigas se encontram no que concerne ao HIV e gravidez precoce.
Enquanto isso o Chefe do departamento de saúde escolar no Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, Arlindo Folige considera que a chave para inverter este quadro reside na elevação da moral e dos valores sócio-culturais da população.
Dentre os temas discutidos durante a conferência constam, dinâmica da população, saúde e direitos sexuais e reprodutivos dos adolescentes e jovens na África austral, situação da saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes e jovens em Moçambique bem como inovações no planeamento familiar baseado na comunidade para adolescentes e jovens.