A China volta a manifestar-se candidata em tornar-se o principal mercado para onde Moçambique deverá exportar maior quantidade de gás natural a ser produzido, em princípio, a partir de 2022, escreve a Macahuhub.
Não é a primeira vez que aquele país, um dos maiores consumidores de petróleo e gás do mundo, demonstra interesse no gás moçambicano, estando atento aos passos a serem dados em todas as fases que vão culminar com o início da produção e exportação.
Com este posicionamento, a China busca vantagens na disputa dos mercados energéticos com outros colossos globais, quase todos também produtores de petróleo e gás natural, incluindo países do médio-oriente.
A conversa sobre a exploração do gás em Moçambique domina a actualidade nacional e mundial devido ao recente acordo que marca o avanço da plataforma de produção de gás pela empresa italiana ENI, Governo moçambicano e parceiros.
O projecto de exploração de gás natural Coral Sul foi lançado no início de Junho corrente e contará com um financiamento de 4,8 mil milhões de dólares concedidos por 15 instituições bancárias, três moçambicanos e as restantes estrangeiras.
O grupo italiano ENI detém, neste projecto, uma participação de 50%; a China National Petroleum Company é o segundo maior accionista, com 20%, e a Kogas (Coreia do Sul); Galp Energia (Portugal) e Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) com 10% cada, estando a ser ultimada a entrada no consórcio do grupo norte-americano ExxonMobil.
O projecto Coral Sul é o primeiro a ser desenvolvido no bloco Área 4 da bacia do Rovuma, que contém reservas estimadas em 450 mil milhões de metros cúbicos (16 biliões de pés cúbicos), sendo que o gás a ser extraído e liquidificado está já vendido ao grupo BP.
Fonte: O País