O Plano de Acção Regional para a protecção de pessoas com albinismo na África Subsaariana foi desenvolvido com parceiros ao redor do continente africano, ao longo do ano passado, em parceria com o Departamento Político e a Comissão de Direitos Humanos da União Africana, incluindo activistas, sociedade civil e organizações internacionais de desenvolvimento.
Para a especialista independente das Nações Unidas para os direitos humanos das pessoas com albinismo, Ikponwosa Ero, há motivo para ter “alguma esperança de que há vontade política de agir contra os ataques” que muitas dessas pessoas com essas características enfrentam na África Subsaariana.
Ero fez este depoimento à luz do Dia Internacional para a consciencialização sobre Albinismo que se celebra anualmente no dia 13 de Junho. A data foi criada por resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2014.
Para a relatora, o projecto é uma “verdadeira colaboração no espírito dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”.
Pessoas com albinismo enfrentam diversas formas de discriminação em todo o mundo. Em algumas comunidades, crenças erróneas e mitos põem em constante risco a segurança e as vidas desses indivíduos.
O SEKELEKANI publicou, em 2016, uma pesquisa onde traz a tona histórias dramáticas de ataques a pessoas com albinismo em Moçambique, nomeadamente na Província de Nampula. Na maioria das vezes os ataques estão ligadas a crenças supersticiosas, como bruxaria e feitiçaria, instigados por ganância em torno de dinheiro e de outros meios de sustentar a vida.
Fonte: Rádio ONU