O governo moçambicano captou recentemente uma receita de 350 milhões de dólares americanos como resultado, da venda de 37 porcento de acções da multinacional italiana Eni à americana Exxon Mobil e homologou, os termos e condições do acordo complementar ao contrato de concessão para a pesquisa e produção de petróleo na Área 4 da Bacia do Rovuma.
A Eni era detentora de 70 porcento das operações na área 4 do bloco do Rovuma, numa sociedade que era formada com a empresa nacional de hidrocarbonetos (ENH), a Kogas e a portuguesa galp, cada uma delas, com 10 porcento das acções.
A informação foi divulgada esta sexta-feira pela ministra dos recursos minerais e energia, Letícia Klemens, através da sua página oficial da rede social, Facebook. A governante escreveu ainda que “para que entrassem no mercado nacional era preciso que o Governo aprovasse o acordo. As grandes vantagens estão relacionadas com a robustez da nova empresa (Exxon Mobil) que entra para a exploração do gás, visto ser detentora de larga experiência técnico-financeira”.
Refira-se que estas operações de gás e petróleo na bacia do Rovuma, terão implicações socioeconómicas no país, sendo que uma das primeiras é o reassentamento de que vai afectar, de forma directa e indirecta, cerca de 1.330 famílias na península do afungi, distrito de Palma em Cabo Delgado, onde as empresas Anadarko e Eni, irão construir infraestruturas de logística no âmbito da fábrica de gás natural liquefeito.