A empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) prevê construir uma refinaria de gás no país, numa das províncias de grande potencial deste recurso. A informação foi avançada sábado, em Maputo, por Omar Mithá, presidente do Conselho de Administração da ENH, que disse que neste momento está em análise a viabilidade económica do projecto.
Omar Mithá falava na abertura da 3ª Reunião da Comissao Conjunta de Cooperação entre ENH e a Empresa Nacional de Petróleo da China (CNPC) no sector de Petróleo e Gás.
Segundo Mithá, o concurso público referente a construção da refinaria de gás em Moçambique foi lançado no mês passado e não há dúvidas que o projecto irá melhorar o poder de compra dos moçambicanos.
O PCA da ENI revelou ainda que enquanto se espera pelo gás do Rovuma vai se conceber um projecto de importação da matéria-prima para ser refinada no país e consequentemente escoar o produto para os países do interland.
De acordo com a fonte, Moçambique tem condições para se beneficiar dos recursos minerais existentes acrescentando valor e cobrando preços do prémio.
Trata-se de uma reunião que visava estreitar os laços de cooperação das duas empresas no sector de petróleo e gás, durante a qual foi assinado um memorando de entendimento, para a formação de quadros da ENI.
A delegação da CNPC neste encontro foi encabeçada pelo vice-presidente da empresa, Hou Qijun, e inclui representantes de algumas empresas filiadas da petrolífera chinesa.
Durante a sua permanência em Moçambique, a delegação chinesa foi inteirar-se do ponto de situação do sector de petróleo e gás. Como parte da sua agenda, a delegação visitou a Central Térmica de Maputo, uma das principais tomadoras de gás natural no país.
De referir que a ENH e a CNPC são parceiros na Área 4 da Bacia do Rovuma, onde a empresa chinesa adquiriu uma participação indirecta em 2013, através da Eni East África. Entretanto, em Maio de 2016, aquando da visita do Presidente da República, Filipe Nyusi, à China, as duas partes assinaram um acordo visando estreitar a sua cooperação bilateral no sector de petróleo e gás.
Com a duração de dois anos renováveis, este acordo abrange as áreas de exploração e desenvolvimento de hidrocarbonetos, projectos de liquefação, comercialização e monetização do gás nacional e regional, construção de gasodutos, e formação de moçambicanos nos institutos tecnológicos da CNPC na China.
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