Este é o resultado de um estudo levada acabo pelo Instituto de Investigação Cientifica Inovação e Tecnologias de Informação e comunicação, SIITRI, em parceria com a World web Web Foundation.
O documento apresentando na semana finda, numa conferência sobre igualdade digital e direitos das mulheres online, conclui que apenas um terço das mulheres em áreas pobres de Maputo está conectado à Internet.
O estudo que ouviu 1044 pessoas de ambos sexos em 29 bairros periféricos da capital moçambicana aponta como principais entreves para a participação da mulher no mundo digital a falta de meios tecnológicos, bem como o elevado custo dos dados de Internet .
A Director do SIITRI Sérgio Cossa, considerou que as TICs podem melhorar a liderança e a participação das mulheres nas actividades de desenvolvimento sócio económico e comunitária, bem como aliviar algumas barreiras enfrentadas pelas mulheres tais como analfabetismo, pobreza, a falta de mobilidade e as restrições a voz, principalmente política.
Por seu turno, a Adjunta de Cooperação da Embaixada da Suécia em Moçambique, Cristina de Carvalho afirmou que as TICs são um poderoso instrumento de emponderamento das mulheres para a realização dos seus direitos e apela para que sejam desenvolvidas estratégias com vista a massificar as competências digitais das mulheres.
Um outro aspecto levantado no estudo é o facto das mulheres serem as que mais sofrem assédio na Internet porém os agentes da lei raramente agem sobre estas questões. Para colmatar esta lacuna o estudo sugere que as mulheres e raparigas sejam capazes de tomar acções legais contra perpetradores de violência online.